A
administração é um ramo das ciências humanas que se caracteriza pela aplicação
prática de um conjunto de princípios, normas e funções dentro das organizações.
É praticada especialmente nas empresas, sejam elas públicas, privadas, mistas
ou outras. Administração também pode ser encarada como sendo o ato de
administrar ou gerenciar negócios,
pessoas ou recursos, com o objetivo de alcançar metas definidas. É uma
palavra com origem no latim “administratione”,
que significa “direção, gerência”.
O
significado e o conteúdo da Administração sofreram uma formidável ampliação e
aprofundamento através das diferentes teorias do pensamento administrativo. O conteúdo
do estudo da Administração varia de acordo com a teoria ou escola considerada.
Cada autor da Administração tende a abordar as variáveis e assuntos típicos da orientação teórica de sua escola ou teoria.
Variáveis Básicas na Teoria Geral da Administração
A Teoria Geral da Administração (TGA) estuda a Administração
das organizações e empresas do ponto de vista da interação e interdependência
entre as cinco variáveis principais: tarefa, estrutura, pessoas, tecnologia e
ambiente. Elas constituem os principais componentes no estudo da Administração
das organizações e empresas. O comportamento desses componentes é sistêmico e
complexo: cada um influencia e é influenciado pelos outros. Modificações em um
componente provocam modificações em maior ou menor grau nos demais. O
comportamento de seu conjunto é diferente da soma dos comportamentos de cada
componente considerado isoladamente. Na realidade, a adequação e integração
entre essas cinco variáveis constitui o desafio da Administração.
O pensamento administrativo começou com a ênfase nas tarefas
(atividades executadas pelos operários em uma fábrica), através da
Administração Científica de Taylor. A seguir, a preocupação básica passou para
a ênfase na estrutura com a Teoria Clássica de Fayol e com a Teoria da
Burocracia de Weber, seguindo-se mais tarde a Teoria Estruturalista. A reação
humanística surgiu com a ênfase nas pessoas, por meio da Teoria das Relações
Humanas, mais tarde desenvolvida pela Teoria Comportamental e pela Teoria do Desenvolvimento
Organizacional. A ênfase no ambiente surgiu com a Teoria dos Sistemas, sendo
completada pela Teoria da Contingência. Esta, posteriormente, desenvolveu a
ênfase na tecnologia. Cada uma dessas cinco variáveis - tarefas, estrutura,
pessoas, ambiente e tecnologia provocou a seu tempo uma diferente teoria
administrativa, marcando um gradativo passo no desenvolvimento da TGA. Cada
teoria administrativa privilegia ou enfatiza uma ou mais dessas cinco
variáveis.
Teorias em 2017
As
rápidas pinceladas a respeito dos gradativos passos da TGA mostram o efeito
cumulativo e gradativamente abrangente das diversas teorias com suas diferentes
contribuições e diferentes enfoques.
Ainda
hoje, todas as teorias administrativas são válidas, embora cada qual valorize
uma ou algumas das cinco variáveis básicas. Na realidade, cada teoria administrativa
surgiu como uma resposta aos problemas empresariais mais relevantes de sua
época. E, neste caso, todas elas foram bem-sucedidas ao apresentarem soluções específicas para tais problemas. De certo modo, todas as teorias
administrativas ainda são aplicáveis às situações atuais, e o administrador
precisa conhecê-las bem para ter à sua disposição um leque de alternativas
adequadas para a situação.
Administração
se transforma
A medida que a Administração se defronta com novas situações que surgem no decorrer do tempo, as doutrinas e teorias administrativas
precisam adaptar suas abordagens ou modificá-las para continuarem úteis e
aplicáveis. Isso explica, em parte, os gradativos passos da TGA no decorrer dos
tempos e a gradativa abrangência e complexidade que acabamos de discutir.
O pensamento administrativo está continuamente se expandindo
e se ampliando, levando o leitor a uma dificuldade de se familiarizar, mesmo
que superficialmente, com uma amostra representativa da literatura sobre a
Administração.
Referências:
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração
8ªed. São Paulo: Campus, 2011
DRUCKER, P. F. Uma Era de Descontinuidade, Rio de Janeiro: Zahar
Editores, 1970
Ótimos esquemas, parabéns!
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