quinta-feira, 21 de junho de 2012

Empresas Sociais no Brasil: Utopia ou Tendência?

Achei tão interessante esta reportagem exibida no programa Mundo S/A da Globo News que decidi compartilhar e decorrer um pouco mais sobre o tema “Empresas Sociais”. Eu conheci o assunto ainda na graduação, onde fizemos um pequeno seminário sobre o tema, lembro que foi um dos mais polêmicos que participei, mas vamos em frente.

O conceito de empresa pode ser definido como um grupo integrado por elementos humanos, materiais e técnicos, que tem o objetivo de obter utilidades através da sua participação no mercado de bens e serviços visando o lucro financeiro. A empresa social por sua vez também parte de um projeto econômico e a necessidade da busca do lucro. Entretanto, na empresa social o projeto econômico e os excedentes financeiros não são uma finalidade em sim, mas um meio a serviço de um projeto social.
Este novo conceito de empresa surgiu nos Estados Unidos, Itália e na Bélgica no início da década de 90 por meio de fundações e de escolas de negócios conceituadas como a Universidade de Harvard e tem como sua principal característica a centralização do lucro reinvestido na empresa ou na coletividade para fins sociais. A empresa social se caracteriza, portanto, por substituir o econômico pelo social o lucro é reinvestido em projetos para melhoria da qualidade de vida das pessoas. A ideia é de tirar proveito dos métodos usados no setor a fins lucrativos para financiar e reforçar setores sem fins lucrativos.
Considero que com a ascendência da globalização, velocidade das informações, tecnologia acelerada, forte apelo para as questões de sustentabilidade e de responsabilidade social, fazem com que novas tendências surjam. O capitalismo que impara há muitos anos nunca encontrou tantos obstáculos, as questões voltadas para o social têm tomado cada vez mais espaço e a sociedade esta se politizando e cobrando seus direitos. Neste cenário surgem as “empresas sociais”, que abrem mão do lucro para fazer da empresa um agente de melhorias para a sociedade.
Trazendo para nossa realidade brasileira, acredito que empresas sociais vão esbarrar em varias questões que podem no curto e no médio prazo serem limitadores para que este conceito se instale no Brasil. Nossa cultura é imediatista, ou seja, visa a maximização do lucro em um pequeno espaço de tempo. Sem falar da corrupção, do famoso “jeitinho brasileiro” e do custo Brasil. Estes fatores foram responsáveis pela completa falência das ONGs, que hoje são vista como verdadeiros sistemas de lavagem de dinheiro e de corrupção, apesar da “ideia” ser muito boa a “pratica” foi totalmente corrompida.
A cada dia devemos acreditar em mudanças, apesar de toda esta “negatividade” relatada, sou confiante que negócios voltados para o social são sustentáveis e que vão se tornar cada vez mais fatores críticos de sucesso para o futuro das organizações brasileiras. 

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