sábado, 22 de março de 2014

Geração "nem-nem": novo fenômeno no mercado de trabalho

Em um mundo em constantes transformações, experimentamos impactos positivos e negativos em todas as áreas. Aqui vamos tratar de um novo efeito colateral que se instalou no mercado de trabalho global,  a geração “nem-nem”, termo utilizado por economistas e estudiosos do mercado de trabalho brasileiro para classificar jovens de 15 a 29 anos quem nem trabalham e nem estudam.
Uma pesquisa realizada em 2012 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) baseados na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) revelou a existência de um verdadeiro “exercito” de 9,6 milhões de jovens brasileiros entre 18 e 25 anos que não trabalham e nem estudam, isso dá uma proporção de 1 (um) em cada 5 (cinco) que não demonstram interesse em procurar emprego e também não querem saber de continuar a estudar. Um dado alarmante, que revela o tamanho da bomba-relógio que ameaça o futuro do Brasil.

Ainda de acordo com a pesquisa a maioria dos que formam a geração "nem-nem" é de mulheres: 70,3%. A incidência é maior no subgrupo formado pelas pessoas de 25 a 29 anos, onde as mulheres representavam 76,9%. Já entre os jovens de 15 a 17 anos, a distribuição é mais equilibrada: 59,6% das pessoas que responderam que não estudavam nem trabalhavam eram mulheres. No subgrupo de 18 a 24 anos, por sua vez, as mulheres representavam 68%. Entre essas jovens, 58,4% já tinham pelo menos um filho, e 41% declararam que não eram mães. Considerando apenas as mulheres que já haviam dado à luz pelo menos uma vez, o número de pessoas que não estudava nem trabalhava também era maior no subgrupo de 25 a 29 anos (74,1%).
Perfil da Geração "nem-nem”

Sexo da geração “nem-nem” no brasil
Mulher: 70,3%
Homem: 29,7%

Nível de instrução da geração “nem-nem” no brasil
Ensino fundamental incompleto: 32,4
Ensino fundamental completo ou médio Incompleto: 23,4%
Ensino médio Completo: 38,6%
Ensino Superior: 5,6%

Onde residem a geração “nem-nem” no brasil
Região Nordeste: abriga 23,9%
Região Norte: abriga 21,9%
Região Sudeste: abriga 18,1%
Região Centro-oeste: abriga 17,4%
Região Sul: abriga 15,0%
Não determinado: 3,7%


Geração “nem-nem” no Mundo

Um estudo recente da Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostra que o fenômeno não é exclusividade do Brasil. A organização levantou dados em todo o mundo e concluiu que, de 2007 a 2012, a parcela dos jovens "nem-nem" (de 15 a 29 anos) cresceu em 30 de 40 países. Para a organização, os "nem-nem", também conhecidos pela sigla em inglês Neet (neither in employment, nor in education or training), preocupam porque não estão à procura de emprego e tampouco investindo em sua formação. "Esses jovens também tendem a ser mais insatisfeitos com a sociedade que seus pares que estão empregados ou no sistema educacional", diz o relatório da OIT.

3 comentários:

  1. Como é triste saber que tantos jovens nordestinos estão inserido neste grupo dos nem nem

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  2. Extranho esses dados, referente ao genero feminino, leciono em cursos profissionalizantes a 3 anos e em todos o público majoritário e o feminino. Essa estatística, tem como base que há mais mulheres no Brasil que homens?

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  3. Estranho saber que o número é maior para mulheres, será que estamos retrocedendo? A impressão que tenho também é contrária, vejo o mercado sendo super aproveitado por mulheres e percebo que elas estão cada vez mais investindo nas suas profissões primeiramente e estudando sempre mais. Fico triste em saber destes dados, espero que mude, porém fico contente que no estado que nasci e resido, os índices são os menores.

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