sábado, 15 de junho de 2013

Implacável busca pelo sucesso de “microondas”

Nascida do início da década de 1980 até meados de 1990 (profissionais com menos de 30 anos de idade), a Geração Y está tomando o mercado de trabalho mundial. Estas pessoas também são conhecidas por serem chamadas de geração do milênio ou geração da Internet, que surgiu exatamente por essa época.

Estes profissionais cresceram num contexto de muita competitividade. Desde pequenos, foram treinados para serem os melhores, fizeram cursos de língua, intercâmbio e ingressaram em boas faculdades, agora estão no mercado de trabalho e tem características bem especificas, algumas extremamente positivas outras muito preocupantes.

Características da Geração Y
• Grande ambição (já chegam na empresa querendo ter celular corporativo, veiculo a disposição e ocupar cargo de chefia);
• Familiaridade com tecnologia (sistemas, internet e plataformas tecnológicas em geral são “brinquedinhos” para essa turma);
• Alto nível de capacitação (tem boa formação e idiomas);
• Adaptalidade a mudanças (tem facilidade para se adequarem a mudanças dentro das organizações);
• Motivação por desafios (normalmente desafios são mais impulsionadores que remuneração);
• Foco em resultados rápidos (imediatismo descreve bem esta turma);
• Preferência por terem autonomia no trabalho (eles têm dificuldade com hierarquia);
• Desenvolvimento continuo (estão sempre estudando e se aperfeiçoando);
• Postura mais individualista (dificuldade para trabalhar em equipe, tendem a “fazer sozinho";
• Despreocupação com a estabilidade (trocam de emprego freqüentemente);
• Necessidade de reconhecimento (esperam ser reconhecimentos a cada entrega realizada).

A busca pelo sucesso de “microondas” significa que o imediatismos impera, ou seja esta geração almeja o sucesso “hoje”, e daí vem alguns riscos, pois em todas as modalidades de competições que experimentamos na vida, só há um primeiro lugar. Se todos, ao entrarem no jogo, só aceitarem as primeiras colocações, a frustração atingirá proporções absurdas. De certa forma, é isso que está ocorrendo, como se fosse uma sistemática patologia da atualidade.

A ansiedade em ganhar autonomia e receber bons salários é fruto do estilo de vida com regalias durante a adolescência e, em alguns casos, também na infância. É diferente das gerações anteriores, que tiveram mais trabalho para obter o básico. Se pegarmos o exemplo do jovem Mark Zuckerberg (CEO e um dos fundadores do Facebook, a maior rede social da atualidade) e acharmos que sucesso como o dele se repete o tempo todo, podemos incorrer num grande equívoco e frustrações. Não é a todo momento que um jovem com uma “idéia” cria um “mundo novo” e faz fortuna. Nem que há essa capacidade de qualquer jovem ensinar aos mais velhos o caminho do sucesso e do reconhecimento. Isso acontece, mas não é o tempo todo. E, se vira notícia, livro e filme, é porque é algo carregado de ineditismo.

Como os jovens cresceram com acesso rápido e fácil a tudo, acham que a vida também vai ser assim. Por isso já chegam ao mercado de trabalho com expectativas ilusórias de sucesso rápido e acabam se tornando tratores, atropelam os outros, ambicionando muita recompensa por pouco resultado, o que leva a frustração e desestabiliza as relações humanas no trabalho.

Infelizmente tem sido comum os jovens serem brilhantes em aspectos tecnológicos, mas pouco desenvolvidos na capacidade de relacionamento interpessoal. Eles acham que sua capacidade intelectual vai ser suficiente para ter sucesso e se frustram quando descobrem que não estão preparados para lidar com pessoas.

Assim como nos acostumamos com a praticidade e agilidade do uso dos controles remotos, do microondas para assar uma pizza ou em fazer um macarrão instantâneo em nosso dia-a-dia a geração y não tem tempo para processar cada coisa, não existe amadurecimento. Julgam que as etapas pelas quais temos de passar podem ser compradas, puladas, tratando-as como meros obstáculos desnecessários para sua carreira, miram no sucesso um imediatismo voraz.

Talvez o ponto que possa diferenciar as pessoas de sucesso dentro desta nova geração seja viver os princípios dessa velocidade sem ignorar o aprendizado das anteriores. O volume de informação a que temos acesso está cada vez mais se impondo diante de nosso tempo diário, tomando horas preciosas de apreciação de prazeres reais, aprendizados, cultura, reflexão. Quanto tempo consumimos em mensagens, em paginas de internet, em redes sociais, em fotos trocadas em todo momento como se fossem as coisas mais importantes do nosso dia? Estas ações nos distraem de nossas atividades de modo que levamos mais tempo para executá-las e, portanto, temos menos tempo de lazer, de almoço, de aprender e de nos relacionar com qualidade.

Olhando por outro aspecto, concordo muito com o que como o que disse Albert Einstein “Sucesso e genialidade, são 10 por cento de inspiração e 90 por cento de transpiração”. Ou seja, o que nos traz a inspiração é o trabalho e a prática. Muita prática e muito suor!

Abaixo são listados impulsionadores do sucesso para carreira de profissionais em qualquer área de atuação ou pertencente a qualquer geração. Avalie cada um deles e observe como eles se aplicariam em sua vida.

18 Impulsionadores do sucesso em qualquer geração 
• É necessário aprender atividades que não tem muita afinidade;
• Deve esta disposto a “engolir sapo”;
• Aprender a lidar com cobranças diárias;
• Abdicar de horas de sono;
• Enfrentar algum estresse mental e físico;
• Manter a política da boa vizinhança (mesmo se estiver zangado);
• O lazer com amigos e namorada (o) será reduzido;
• Ler, estudar e pesquisar o tempo todo;
• Investir sempre no seu autodesenvolvimento;
• Acreditar em si, principalmente quando o mundo parece te provar o contrário;
• Compreender as críticas e feedbacks como oportunidades e agradecê-las;
• Valorizar boas experiências profissionais;
• Traçar e monitorar o atendimento de sua visão, missão, objetivos e metas;
• Ajudar os outros a atingirem seus sonhos, objetivos e metas;
• Trabalhar em equipe o tempo todo;
• Valorizar as relações humanas no trabalho;
• Ser humilde e cordial em todas as relações;
• Ser reconhecido e respeitado pelo bom profissional que aprendeu a ser.

Um pouquinho mais...

3 comentários:

  1. Fantástico! Muito bem descrita a geração y.

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  2. Mais um excelente raio-x da minha geração (estou dentro da Y, mas com características bem diferentes). Grande abraço!

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  3. Parabéns pelo texto!! Há por traz da supervalorização da geração y um interesse da indústria neste grande mercado consumidor.

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