domingo, 22 de março de 2020

A3 Thinking: Aprenda a usar e baixe grátis


Nos dias de hoje é difícil imaginar uma empresa que irá desenvolver um produto e explorá-lo durante anos com a mesma vantagem competitiva original. Para a sobrevivência das empresas em dias atuais é necessário adaptação, inovação e flexibilidade, além do atributo mais importante, a habilidade de aprender.
Hoje vamos falar de uma ferramenta de gestão conhecida como Relatório A3, também Método A3 ou ainda Pensamento A3. Trata-se de uma ferramenta de gestão sistematizada que a Toyota Motor Corporation utiliza para propor soluções para os problemas que acarretam nas áreas funcionais das organizações com a finalidade de documentar as principais informações e decisões de modo que os funcionários possam compartilhá-las com outros funcionários.
O relatório A3, assim chamado devido ao tamanho do papel usado tradicionalmente em sua confecção, sempre buscando o aperfeiçoamento dos funcionários, por meio do diálogo e da análise. O relatório busca identificar a situação atual, a natureza do problema, a gama de contramedidas possíveis, a melhor contramedida, as maneiras de colocá-la em prática e a evidência de que o problema foi efetivamente solucionado.
A elaboração de relatórios A3 é importante, mas não é mais importante quanto às atividades executadas na criação do relatório e as conversas que os relatórios ajudam a gerar. Para Shook (2008), um relatório A3 deve contar uma história, de forma que qualquer pessoa possa entendê-la. Não deve ser um relatório que trabalhe metas e problemas de maneira isolada e estática. Espera-se do relatório um começo, meio e fim; uma narrativa padronizada que compartilhe a história completa, relacionando elementos específicos, sequenciando os fatos e informando as causas.
A partir de observações e pesquisas na Toyota, Sobek e Smalley propõe um processo geral para abordar problemas que ocorrem durante o trabalho. O processo proposto apesar de aparentar ser serial, tem uma natureza interativa; quando necessário os passos são repetidos, remediando quaisquer falhas e lidando com preocupações que surgiram em fases anteriores. O processo A3 deve incorporar todo o rigor minucioso do ciclo PDCA em seu processo, enfatizando o aprendizado em cada etapa do caminho.


Componentes do A3

·  Entender a situação atual - Neste passo espera-se o entendimento completo do problema, no contexto no qual ocorre. A importância de visualizar o contexto se deve ao fato de que muitas vezes o segredo para resolver um problema está em um detalhe esquecido, que ninguém tenha notado.

·   Identificar a causa fundamental - Quando se depara com um problema na origem, costuma ser relativamente simples identificar a causa direta do problema. No entanto, é raro que a causa mais obvia seja a causa fundamental, invetigue e identifique a causa raiz.

·  Criar contramedidas e visualizar o estado futuroApós estabelecer a causa fundamental, deve-se pensar nas mudanças necessárias no sistema atual que trabalhem a(s) causa(s). A Toyota chama essas medidas específicas de contramedidas, que devem ser projetadas para prevenir a recorrência do problema. Com a criação das contramedidas é de se esperar uma visualização do estado futuro, que deve ser representado graficamente, ilustrando como o novo sistema, processo ou procedimento irá operar depois que as contramedidas forem implementadas.

·         Criar um plano de implementaçãoCom as contramedidas e o estado futuro bem definidos parte-se para a implementação, uma fase que pode se tornar problemática. Em algumas organizações, as boas ideias vêm à tona apenas para serem abandonadas, pois não há um caminho claro para sua implementação. A ferramenta 5W1H (Who, What, Where, When, Why e How) pode ser utilizada para esta tarefa. Paralelamente, um plano de colaboração deve ser criado para que as pessoas listadas nas atividades concordem em executar suas tarefas dentro dos prazos estipulados.

·         Criar um plano de acompanhamentoApós todas as atividades até agora descritas, é de se esperar que haja um comparativo periódico entre os resultados estipulados e os resultados reais; logo é criado um plano de acompanhamento. O acompanhamento tem como benefícios determinar se o que foi implementado teve algum efeito, se o aprendizado sobre o método A3 gerou o real entendimento da situação atual, e por último mostrar que a organização está prestando atenção nos problemas, através do acompanhamento de indivíduos importantes e gerentes.

·         Obter aprovaçãoQualquer mudança deve ser aprovada antes de ser executada. Pode parecer uma regra burocrática, mas ela tem um papel crítico no modelo A3. A aprovação, acima de tudo, é uma oportunidade explícita de mentoramento, o que dá ao gerente a oportunidade de orientar o solucionador, refinar suas habilidades de dedução e investigação, ajudar a construir suas capacidades comunicativas e expandir sua rede social. Outro aspecto importante é que o processo de aprovação garante o rigor e a objetividade do processo e a profundidade do entendimento conquistado.

·         Executar os planos de implementação e acompanhamentoApós a aprovação, o plano de implementação é executado, sempre seguindo ao máximo o que foi planejado.Paralelamente, o plano de acompanhamento inicia- se. Dependendo desses resultados, dois cursos de ação são possíveis. Caso os resultados sejam satisfatórios, as mudanças são estabelecidas como processo padrão e os resultados são disseminados. Caso os resultados não sejam satisfatórios, voltam-se os esforços em descobrir por que os resultados não foram atingidos e ações corretivas são realizadas.
Na busca pela manutenção de um ponto de vista sistêmico, o indivíduo deve ser orientado a desenvolver uma compreensão profunda do propósito das melhorias em ação, de como as melhorias fazem avançar as metas, das necessidades e prioridades da organização, tal como seu papel se encaixa no contexto e afeta outras partes da organização. Para o bem geral da organização, o solucionador de problemas deve compreender a situação em um contexto suficientemente amplo. É preciso evitar soluções que resolvem os problemas de uma parte da organização e criem outros em outra parte, assim como contra medida é requerido um robusto processo de gestão de mudanças. 

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Para baixar o arquivo




Referências bibliográfica:
SOBEK II, D.K.; SMALLEY, A. Entendendo o pensamento A3: um componente crítico do PDCA da Toyota. Porto Alegre: Bookman, 2010. 
SHOOK, J. Gerenciando para o aprendizado: usando um processo de gerenciamento A3 para resolver
problemas, promover alinhamento, orientar e liderar. São Paulo: Lean Institute Brasil, 2008.

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